O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, disse nesta terça-feira (12), após o encontro com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, em Cingapura, que os dois países estão "preparados para começar um novo capítulo na história".
Em entrevista coletiva, Trump classificou as negociações de mais de quatro horas com Kim Jong-un como "honestas, diretas e produtivas", depois de ter assinado um acordo histórico.
A Coreia do Norte se comprometeu a desnuclearizar, enquanto os Estados Unidos ofereceram ao regime de Pyongyang "garantias de segurança".
O documento firmado hoje, após a cúpula, afirma que os dois países se comprometem a cooperar para desenvolver novas relações e para a "promoção da paz, prosperidade e segurança".
"O presidente Trump se compromete em oferecer garantias de segurança à DPRK (sigla em inglês da República Popular Democrática da Coreia, nome oficial da Coreia do Norte), e o presidente Kim Jong-un reafirma seu firme compromisso com a desnuclearização da Península da Coreia".
Além disso, o acordo estabelece que o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, se reunirá na "data mais próxima possível" com um alto funcionário norte-coreano para continuar o diálogo bilateral sobre a desnuclearização.
Esse diálogo se concentrará em quatro pontos, dos quais o primeiro é o "compromisso para estabelecer novas relações entre os Estados Unidos e a DPRK, de acordo com o desejo dos povos dos dois países de que haja paz e prosperidade".
O segundo indica que as duas nações, que não têm relações diplomáticas, "unirão seus esforços para construir um regime de paz durável e estável na Península Coreana".
Em terceiro lugar está a "reafirmação da Declaração de Panmunjom", selada pelas duas Coreias no final de abril, em que Pyongyang se comprometeu com a desnuclearização.
Por último, os dois líderes se comprometeram a "recuperar os corpos dos prisioneiros de guerra ou desaparecidos em combate" depois da guerra da Coreia (1950-1953), "incluindo o repatriamento imediato daqueles que já foram identificados".
Trump e Kim reconheceram no texto que a cúpula de hoje foi "um acontecimento histórico" e decidiram implementar o acordo "de maneira completa e rápida".