Formado pelo setor produtivo do Estado do Mato-Grosso, o Movimento Pro-Logística tem o objetivo de buscar alternativas de escoamento para a safra de grãos, principalmente milho e soja, que são exportados para a China. Neste sentido, os integrantes do movimento entendem que Marabá e o sul do Pará são o canal mais acessível para isso.
Na tarde desta sexta-feira (13), ocorreu reunião sobre o assunto na sede da Associação Comercial e Industrial de Marabá (ACIM), com diretores do Pro-Logística. Para chegar até este município, eles percorreram as rodovias BR-158 e BR-155 e verificaram a dificuldade que é rodar pelas duas estradas federais.
De acordo com o diretor executivo do Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira, o objetivo é que a produção de 5 milhões de toneladas de grãos dos municípios mato-grossenses de Querência, São José do Xingu, Santa Cruz do Xingu, Confresa e Vila Rica seja transportada pelas duas BRs, chegando até Marabá, onde embarca em barcaças pela hidrovia do Tocantins, até a Vila do Conde, e de lá será colocada em navios grandes que vão pelo Canal do Panamá até a China.
Atualmente essa produção tem sido feita pela Ferrovia Norte-Sul, até o Porto de Itaqui, em São Luís (MA). “Mas nós entendemos que a melhor logística é por aqui, para o Porto de Vila do Conde”, relata Edeon Ferreira.
Porém, por enquanto, isso não é possível, não apenas pela falta de hidrovia, mas principalmente por conta da situação de trafegabilidade das duas rodovias federais, sobretudo a BR-158, classificada por Edeon como “desastrosa”.
Por conta disso, já na segunda-feira (16), o Pró-Logística estará em Brasília (DF), participando de audiência com o general Jorge Fraxe, presidente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a quem serão apresentadas reivindicações cobrando agilidade na recuperação das duas rodovias federais paraenses, uma vez que para a hidrovia já existe previsão de abertura de licitação ainda para este mês de setembro.