Reeleito com mais de 1,8 milhão de votos - 52% dos votos válidos -, Simão Jatene foi empossado ontem para seu segundo mandato consecutivo à frente do governo do Pará. Será a terceira vez que Jatene chefia o Poder Executivo paraense desde 2002.
A solenidade começou na Catedral de Belém, onde foi celebrada missa. Em seguida, Jatene seguiu para a Assembleia Legislativa, onde assinou o termo de posse e fez um rápido discurso. Por fim, em um palanque montado em frente ao Palácio Lauro Sodré, sede do Museu do Estado do Pará, ele recebeu a faixa de governador e fez um discurso, acompanhado por populares.
Ao discursar na Assembleia Legislativa, Jatene destacou os reflexos para o estado do “momento delicado” que a economia brasileira atravessa. O governador prometeu maior austeridade com os gastos públicos, tornando a máquina administrativa mais eficiente e enxuta. Disse que manterá uma relação harmoniosa com os deputados estaduais, “independentemente de cores partidárias”.
“O maior bônus nós já recebemos: foi o reconhecimento e a confiança que nos permitiram ter a honra de ocupar cargos públicos. O pós-eleição é o momento de exercitar não os nossos quereres, mas os nossos deveres”, declarou o governador.
SERVIÇOS
Simão Jatene, reempossado junto ao seu novo vice, Zequinha Marinho (PSC), afirmou que vai priorizar a melhoria dos serviços prestados e a conclusão das obras.
Em discurso, ele relembrou a campanha eleitoral, “uma das mais duras que já participei”. Jatene derrotou no segundo turno o candidato do PMDB Helder Barbalho e indicado pela presidente Dilma Roussef ao cargo de ministro da Pesca e Aquicultura. A disputa foi acirrada, Jatene ganhou com 51,72%.
O governador afirmou que a movimentação popular clama por um novo comportamento. “É preciso perseguir permanentemente o objetivo de aproximar a ética da política. A sociedade brasileira não mais aguenta isso. Eu tenho dito que ética e política nunca foram irmãos siameses, mas também não precisam ser inimigos mortais”, destacou.
Entre os desafios, Jatene acredita precisar diminuir gastos para melhor servir, com uma readequação administrativa. “É preciso servir bem, mais e melhor. Precisamos estar dispostos a cortar a própria carne, reduzindo despesas, enxugando a máquina pública e buscando, por outro lado, aumentar a nossa disponibilidade de recursos e melhorar a qualidade do gasto público”, disse.
Sobre o pacto federativo, que o Pará luta por uma revisão há tempos, Jatene é positivo e acredita que este momento deve chegar. “Sempre falamos muito em pacto federativo no Pará, porque a gente sofre muito com isso na carne. O que acontece é que os estados do Brasil, de maneira geral, estão sofrendo com isso, os municípios nem se fala. Quando começar a sair o resultado dos fechamentos das contas dos estados, muitos não vão conseguir fechar e isso nos fortalece e nos une no sentido de que o pacto federativo seja revisto”, acredita. O governador reeleito do Pará ainda empossou o secretariado, que foi renovado em um terço.