Terceira causa de mortes por doenças infecciosas no Brasil, a tuberculose atinge aproximadamente 3.500 pessoas por ano no Pará. Os dados, de 2013, colocam o estado no topo do ranking de casos na região Norte e, com 42,7 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, em quinto em todo o país, segundo o Programa Estadual de Combate à Tuberculose.
A taxa de cura encontra-se em 73,1%, com abandono de tratamento em 9,7% e 2,7 mortes para cada 100 mil habitantes. Em relação ao tipo resistente da doença, foram registrados 409 casos no país em 2014, dos quais 25 só no Pará, que possui sete dos 181 municípios brasileiros considerados prioritários pelo Ministério de Saúde para frear a transmissão: Abaetetuba, Ananindeua, Belém, Bragança, Castanhal, Marituba e Santarém.
Segundo o Ministério da Saúde, o Pará acompanha a média nacional e confirma que o Brasil é o 16º entre os 22 países listados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), por concentrarem 80% da carga mundial de tuberculose. Em 2013, foram notificados 73 mil casos novos da doença em todo o país.
A doença tem cura e o tratamento é disponibilizado integralmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Contudo, ainda apresenta novos desafios quando surge em pessoas com HIV/Aids. O Ministério da Saúde recomenda que todos os pacientes confirmados com tuberculose realizem o teste anti-HIV e que todas as pessoas portadoras do vírus HIV sejam avaliadas anualmente para a identificação ou não do bacilo da tuberculose.
Caso a presença de ambos os agravos seja confirmada, o tratamento antirretroviral, quando pertinente, é garantido nos serviços de referência. No Pará, em média, 50% dos casos de pessoas com tuberculose se consegue realizar o anti-HIV. Essa situação se deve principalmente à centralização do exame por muitos municípios, o que dificulta o acesso.
SEMINÁRIO
Para marcar o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, será realizado amanhã o seminário com o tema “desafios e perspectivas para o controle da tuberculose no Estado do Pará”, cujo objetivo é dar maior visibilidade ao problema e sensibilizar a comunidade em geral para o controle da doença no Estado, sobretudo quando associada ao vírus transmissor da Aids, o HIV, e a outras situações que contribuem para a transmissão, como os projetos que estimulam o fluxo migratório.