Mais uma vez o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) suspendeu o edital de licitação para as obras de derrocamento do Pedral do Lourenção, no Rio Tocantins. A nova data agora é dia 5 de fevereiro próximo.
Em seu sítio oficial, o DNIT não explica os motivos deste que já é – por assim dizer – o “enésimo” adiamento. Extraoficialmente, o que se sabe é que as empresas interessadas em tocar os trabalhos estão solicitando maiores detalhes sobre algumas cláusulas do contrato com o governo.
Não se sabe qual é a real situação do DNIT em relação ao derrocamento do pedral, se é apenas criar expectativa na população ou se vem tentando realmente fazer a derrocagem, mas não tem condições nem de formatar o projeto e tampouco de alavancar recursos para um investimento de tamanha magnitude.
Seja o que for, a forma como vem sendo conduzida essa história toda é extremamente desrespeitosa. Cria expectativa na população, sobretudo naqueles que estão desempregados e veem na obra uma oportunidade de conseguir serviço.
O anúncio dessa obra – que começou a ser falada ainda na época do ex-presidente Lula – já provocou impactos na cidade, com a chegada de diversas pessoas de outras regiões, em busca de se encaixar nos postos de trabalho diretos e indiretos que o empreendimento poderia gerar.
Com isso, houve um aumento nas ocupações urbanas, com suas moradias insalubres, aumentando a demanda de pessoas em busca dos hospitais, de vagas nas escolas; aumento também da criminalidade entre outros fatores.
Ao passo em que ganharam os cursos técnicos profissionalizantes, que estão abarrotados de alunos para se formar em profissões cujos salários são cada dia mais baixos, devido ao aumento da mão de obra, um verdadeiro “exército” reserva à espera de emprego, um emprego que só diminui, como está comprovado pelos números do Ministério do Trabalho e Emprego (MPE).