O Estado do Pará recebeu do Ministério da Saúde (MS) em setembro R$ 3.875.483,35 para 105 municípios. Esta é a segunda parcela de recurso adicional para o combate ao mosquito Aedes aegypti, informou o Ministério da Saúde neste domingo (1). No total, foram liberados R$ 30,4 milhões para todo o país.
Segundo o órgão, 3.148 municípios em 20 estados mais o Distrito Federal serão beneficiados, porque cumpriram critérios para intensificar as medidas de prevenção e combate ao mosquito transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya.
O envio da segunda parcela foi condicionado ao cumprimento de alguns critérios, especialmente a realização de levantamentos sobre a infestação em imóveis e o monitoramento por ovitrampa ou larvitrampa (armadilhas que identificam a presença de mosquitos na região) nas cidades sem infestação do mosquito. A primeira parcela, de R$ 91,2 milhões, foi liberada em janeiro, informou o MS. No total são R$ 152 milhões ao combate ao Aedes.
O último Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), divulgado no início do ano, indicava 39 municípios paraenses em situação de alerta e risco de surto de dengue, chikungunya e zika, incluindo Belém, Ananindeua, Castanhal, Marabá e Santarém.
Em decorrência da epidemia de febre amarela, ocorrida nos últimos meses, o Ministério da Saúde antecipou o repasse da segunda parcela do recurso extra para todos os municípios dos estados da Bahia, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, totalizando R$ 29,3 milhões.
No entanto, alguns municípios da BA, CE, MG e SP terão que restituir ao Fundo Nacional de Saúde os valores recebidos antecipadamente por não terem cumprido os critérios para o recebimento destes recursos. Segundo o MS, as informações deveriam ser consolidadas pelas secretarias estaduais de saúde e repassadas ao Ministério da Saúde até o dia 30 de junho deste ano.
Em 2017, até 2 de setembro, foram notificados 219.040 casos prováveis de dengue em todo o país, uma redução de 84,8% em relação ao mesmo período de 2016. Os casos de febre chikungunya reduziram 34,2% no período, com o registro de 171.930 casos prováveis.
Até 2 de setembro, foram registrados 15.586 casos prováveis de zika em todo país, uma redução de 92,6% em comparação a 2016. Em relação às gestantes, foram registrados 2.105 casos prováveis, sendo 728 confirmados por critério clínico-epidemiológico ou laboratorial.