A manhã movimentada em Parauapebas, onde a Polícia Federal prendeu seis pessoas acusadas de fazer parte de um esquema de fraudes na Secretaria Municipal de Educação. Entre os presos está a secretária municipal de Educação, Juliana de Souza. De acordo com a Polícia Federal, o prejuízo pode ultrapassar R$ 7 milhões, segundo informou o delegado federal Antônio Carlos Cunha Sá, que liderou a operação.
Ainda segundo a polícia, quatro servidores, o ex-secretário adjunto do município, Shirlean Rodrigues, e um empresário do ramo de transportes também foram presos. De acordo com as investigações, a quadrilha é uma organização criminosa composta por empresário e servidores públicos e foi formada para desviar recursos do transporte escolar. Os presos foram levados para a delegacia de Polícia Federal em Marabá.
Delegado Cunha Sá informou que o esquema funcionava desde 2013 e ocorria na contratação de empresas para realizar o transporte escolar de estudantes na zona rural de Parauapebas. A secretaria dispensou por duas vezes o processo de licitação e contratou duas empresas para prestar o serviço. Uma delas é da área da construção civil, a Pavinorte.
Em setembro de 2014, a PF apreendeu na sede da Secretaria Municipal de Educação muitos documentos. De acordo com a PF, duas empresas foram contratadas em 2013 e para justificar a prestação de serviços, elas usavam motos que, nos papeis, apareciam como micro-ônibus. As planilhas das rotas dos veículos também eram alteradas, pois a prefeitura paga por quilometragem.
Os presos vão responder pelos crimes de organização criminosa, fraudes em licitação, falsidade ideológica, peculato e apropriação indébita previdenciária. O último mandado de prisão cumprido foi do dono da construtora, Valdemar da Pavinorte, preso em Canaã dos Carajás.