Três homens foram presos em flagrante suspeitos de crime contra o meio ambiente e associação criminosa, na zona rural do município de Tucuruí, sudeste paraense, durante operação da Delegacia de Conflitos Agrários de Marabá (Deca).
Segundo informações da Polícia Civil, além dos três presos, mais cinco pessoas foram conduzidas para a Seccional de Tucuruí e detidas por transporte ilegal de madeira e derrubada de árvores para fins comerciais.
Os três presos em flagrante vão responder também por corrupção ativa. De acordo com a PC, eles ofereceram aos policiais R$ 10 mil para serem liberados. Três caminhões carregados com madeiras nobres, uma motosserra e R$ 6 mil em espécie foram apreendidos com os suspeitos segundo a polícia.
Segundo o delegado Waney Alexandre, titular da Deca de Marabá, por volta de 10h de sábado (2), a equipe abordou os caminhões. Nos três foram encontradas toras de madeiras nobres, como Castanheira, que tem a extração proibida por lei.
Durante a verificação dos veículos, foi constatado que os motoristas não tinham autorização legal para transportar produtos florestais.
Logo após as prisões e apreensões, a equipe da Deca foi abordada pelos suspeitos, que ofereceram R$ 10 mil para que fossem liberados. "Ele me falou que R$ 6 mil tinha no bolso, e os outros R$ 4 mil, para completar os R$ 10 mil, iria na cidade para pegar emprestado", detalhou o delegado.
Devastação
Segundo a PC, após a abordagem os policiais foram ao local indicado pelos motoristas como área de extração da madeira. A área devastada fica dentro de um assentamento na zona rural de Tucuruí. Durante a incursão policial, um operador de motosserra foi detido e responsabilizado pelo crime de cortar árvore para fins comerciais.
No local foi preso em flagrante um tratorista, que vai responder por desmatar, degradar e explorar economicamente a natureza, e por associação criminosa.
As madeiras cortadas eram levadas pelo tratorista do matagal até a estrada vicinal, onde eram colocadas nos caminhões, que as levariam até Tucuruí para abastecer serrarias do município. Eles chegavam a cortar de duas a três castanheiras por dia, afirmou o delegado.